2 de fevereiro de 2023

Bry Ortega Live

O Dj e produtor Bry Ortega iniciou sua trajetória como músico de formação, viajando pelo país com suas bandas de rock na época, em meio a todas as novas experiências através da música e novas possibilidades de inovação nesse meio Bry Ortega acabou se encontrando na cena eletrônica.

            Mas sua jornada como músico começa na infância onde Bry Ortega se apaixonou pela música, e descobriu sua paixão por um instrumento em especifico, a bateria. O instrumento de percussão possibilitou com que músico descobrisse um novo mundo, onde os sons graves dos tambores tinham o poder transportar o músico para um universo imerso, onde a bateria se tornava uma extensão do próprio corpo, e é assim até hoje, quem ainda não conhece o produtor e tem a chance de conhece-lo se envolve me cada novo timbre que é tocado pelo Dj.

            Bry Ortega nasceu no Brasil, e é um curitibano que conquistou renome internacional, mas foi só em 2013 que Bry começou a ganhar destaque no cenário eletrônico por meio de seus vídeos de LIVE PERFORMANCE postados no Youtube.


            O Dj é Formado pela IMEC, e desde então decidiu se aprofundar em LIVE PERFORMANCE, após ver uma Live de Gui Borratto tocando, onde o produtor se encantou pelo formato de PA (artista de performance ao vivo), isso fez com que o produtor se apaixonasse por esse “novo” estilo de mixagem. Não demorou muito para Bry decidir que era aquilo que ele realmente queria para a sua vida.


            Músico, produtor, PA (artista de performance ao vivo), baterista, o curitibano se expressa com excelência em todos os âmbitos que atua, isso fez com que Bry Ortega se destacasse em seu meio contabilizando algumas indicações ao RMC, o artista também traz em sua bagagem lançamentos em gravadoras de renome mundial e apresentações em diversos países como: México, EUA, Portugal, Espanha.

E para deixar você com um “gostinho de quero mais”, preparamos uma exclusiva não só com o Bry Ortega mas também com a Solare, ambos irão tocar nessa sexta feita na Cavan (03/02), estão prontos para ficar em puro êxtase com o set do Bry Ortega e com a energia contagiante do som de Solare?

Bry Ortega

– Kah: Bry sua experiência com o LIVE, começou em 2013 com seus primeiros vídeos postados no Youtube, e agora você se apresenta em palcos pelo mundo todo, qual é a sensação de ser um produtor reconhecido hoje em dia, você esperava/ sonhava em estar onde se encontra no momento?

– Bry Ortega: “Bom primeiramente que é muito gratificante você ser reconhecido por aquilo que você se entrega desde pequeno né, eu basicamente comecei na música com 13 anos, e eu descobri que isso era a minha verdade era o meu propósito, então quando você é reconhecido sobre isso, eu acho que é muito mais do que você ser reconhecido, a por uma música “x” ou habilidade “x” né… quando você impacta as pessoas de acordo com o que você entrega que é o seu propósito de somar através da sua arte, mudar a energia das pessoas, transformar o que elas estão recebendo naquele momento pra algo que elas possam, enfim, desfrutar de tudo, aí sim esse é o reconhecimento de verdade…”

– Kah:  Bry Ortega, brasileiro e de Curitiba, Bry em muitas apresentações suas você faz questão de usar um dos pontos mais conhecidos de todo país, “A ÓPERA DE ARAME”, o que esse monumento e a própria cidade de Curitiba representam para você na sua carreira?

– Bry: “Bom a Ópera de Arame aqui em Curitiba é algo icônico que tem uma energia incrível assim né, tanto por ter essa junção de vários elementos ali né, você tem a parte da água na frente, dai você tem toda a parte de árvores que corre ao redor sendo que está dentro do complexo de pedreiras… e é literalmente uma estrutura totalmente futurística por ser de arame e tal, então remete basicamente ao que a gente faz na música, principalmente no estilo que a gente toca, então essa conexão do humano, mais o tecnológico mais o industrial, enfim, são os elementos que eu acho que fazem todo sentido… e ali com certeza fora isso pra mim, é muito especial por ser algo que alavancou o meu live performance no mundo inteiro… foi literalmente uma conexão, o lugar comigo assim foi uma conexão… Curitiba representa na minha carreira o elo do se colocar a prova o tempo todo…”

– Kah: Desde muito cedo você já tocava bateria, mas qual foi o “inside” que fez você juntar esse instrumento de percussão com o techno?

– Bry: Olha esse inside veio até de vários questionamentos, assim, porque quando eu comecei com a música eletrônica eu estava encerrando minhas gravações com as bandas, e terminando os shows, e eu fiquei poxa vida será que eu vou ficar sem tocar batera (risos), então basicamente eu fiz um show em 2018 aqui em Curitiba… foi o que realmente me deu um Up, super Up assim, pra dar esse gatilho de putz olha acho que funciona colocar a batera com música eletrônica, não vou deixar de tocar batera que é uma coisa que eu amo tanto, então sempre trouxe os inputs de batera nas minhas próprias músicas…”

– kah: Qual foi o lançamento de track que mais te marcou ao longo da sua carreira?

– Bry: Pois olha tem alguns né, são vários lançamentos, eu acho que o lançamento de cada track, ele meio que pontua assim na tua time line, da tua carreira… a música é o resultado da sua expressão, então vai marcando assim, mas os lançamentos acho que mais marcaram, não teve um só não, eu acho que como banda teve vários, mas como música eletrônica o primeiro acho que com certeza, que eu acho que é aquela coisa do primeiro amor (risos), você fala assim pô o primeiro som, e o meu especificamente rodou o mundo inteiro… foi um negócio absurdo na época eu nem tocava techno ainda, não era essa vibe né, e depois também teve o lançamento na gravadora dos filhos do Kevin Saunderson da KMS Records…”

– Kah: Como surgiu a ideia de fazer uma mentoria com Djs mais novos na cena eletrônica?


– Bry: Então a ideia de fazer mentoria com vários artistas né, não somente Djs, que inclusive não é especifico para Djs, lógico nós estamos aqui falando na maior parte o público da música eletrônica, mas isso se abriu para outros artistas independente da música eletrônica, é foi porque eu sempre tive esse input de carreira desde os 13 anos, de passar por muitas coisas, gravadoras, com banda, coisas grandes, contratos grandes, posicionamento a gente quebra muito a cabeça, a gente bate muito né, de opa tomar uns tropeços ali, tomar outros aqui e se surpreender também com os resultados positivos… então eu tive um nohallde saber como lidar com, não somente pessoas, mas situação, mercado, posicionamento e principalmente uma coisa, que é o que eu sempre falei, como respondi na primeira pergunta, que é sobre a veracidade da tua arte, você não olhar pro lado, e ver se você está literalmente fazendo o “quem é você” ou você está fazendo o que o mercado quer de você…”

Solare

– kah: Seu projeto leva o nome de Solare e consiste em dar mais ênfase para as mulheres na cena eletrônica, você acha que as mulheres ainda sofrem algum tipo de preconceito nesse meio não tendo muita “voz”?

 – Solare: Eu acredito que existe muito espaço para as mulheres na cena, o que muda é a maneira como somos olhadas. Sinto que o tempo todo temos que provar nosso valor e capacidade como artistas. A cena no geral ainda é muito machista, frequentemente somos diminuídas e sempre carregando esse fardo maior. Hoje vejo cada vez mais mulheres se unindo e criando seus próprios espaços e acho isso incrível. Eu sempre desenhei os meus próprios espaços e acredito que esse é o caminho.

– Kah: Como foi para você ganhar o “seu espaço” na cena brasileira?

– Solare: Está só começando. A Solare é grande parte de quem eu sou, sempre vivi esse projeto com toda a minha energia e ainda tenho muitos sonhos e projetos pra realizar. Agora com o lançamento da minha primeira track, começa uma nova fase junto com a agência, muitos planos, tracks autorais, viagens e muito trabalho. Feliz e animada com tudo que vem por aí!

-Kah: O que você espera dessa noite tocando na Cavan77?

– Solare: O Cavan mora no meu coração, sempre falo pra todo mundo, a energia da pista é singular, além de ser um club que me acolheu desde sempre como artista e botou fé no meu trabalho. Se alonguem e bebam água porque estou animadíssima e a noite vai ser quente.


Ouça um pouco mais da história de Bry Ortega e a sua relação com a cidade de Curitiba e com a música, a entrevista completa no podcast.


Texto: Kah Gomes

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